quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Vida incolor

Tonalidades opacas de uma vida incolor,
E me vêm gritos sussurrados,
De tormento ou será dor?
Não vejo beleza de flor,
Apenas a abundância de ausência de cor.
“Pra que cores?”,
“As cores não dizem nada!”,
Tento me consolar assim.
Mas no fundo, queria ter asas de borboletas,
Olhos de arco-íris
E viver mergulhado em cores,
Com todas as suas variações e tonalidades.
Querer, palavra ousada!
Ouso dizer que quero cores,
Milhares delas com suas insignificantes variações!
Mas a realidade das cores se extingue
Na incoloridade das coisas.
Talvez apenas as coisas insignificantes
Signifiquem em cores.
“Mas cores são cores!”,
Até que ponto?!

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