quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O ato de grafar


Nas palavras me perco,
Sem querer, mas por vontade “própria”.
Gosto de ser refém delas,
Pois assim, sinto-me obrigado a tratá-las bem,
Gosto de vê-las sendo bem tratadas em minhas mãos.
Não sei se nasci pra dominá-las,
Ou pra ser dominado por elas.
Confesso que gosto de ser mandado!
Acho que elas dominaram minha mente,
E me usam como se eu fosse um “deus da vida”.
É, sirvo pra dar vida às palavras que estão ocultas em minha mente.
Psicografia? Não, apenas materialização de “ideias minhas”,
Sou usado por vontade própria.
Gosto de ser capacho delas!
Quando percebo que estou prestes a ser usado,
Disponho-me!
Chego quase a dizer “me dominem!”.
Se eu gostaria de mandar?
Não sei, talvez mandar nelas não reserve a mesma graça,
Não me cause contentamento.
É interessante vê-las surgindo uma a uma quando querem.
Talvez esse seja seu mais sublime charme.
Acho que gosto do charme de vê-las surgirem (ou não),
Quando querem!

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